SP tem 77 fazendas cadastradas para adotar integração de lavoura, pecuária e floresta

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SP tem 77 fazendas cadastradas para adotar integração de lavoura, pecuária e floresta

Fonte: Globo Rural

No interior paulista, 77 propriedades rurais grandes, médias e pequenas foram cadastradas pela Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) no programa Integra SP para implantar a integração dos sistemas produtivos, a chamada ILFP (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) ou suas variações como ILP ou IPF.

O objetivo é expandir no Estado os sistemas de integração considerados mais sustentáveis que podem proporcionar um aumento da produção anual de forragem em até três vezes na ILPF e até 3,5 vezes na ILP.

Para alcançar o objetivo, 130 técnicos da Cati acabam de ser capacitados graças a um acordo do órgão estadual com a Rede ILPF, uma parceria público-privada que reúne a Embrapa e nove empresas com o objetivo de aumentar a adoção de sistemas de integração no Brasil.

“O desafio agora é levar os conhecimentos para o campo, ou seja, expandir a tecnologia. Mas, não tem receita de bolo. Em 80% das fazendas não temos o componente floresta porque ainda há muita resistência do produtor em plantar árvores”, diz o agrônomo João Brunelli Júnior, diretor de extensão rural do órgão estadual ligado à Secretaria da Agricultura.

Segundo ele, a maioria dos pecuaristas não tem tradição de adubar o pasto e não consegue dimensionar os ganhos da implantação de lavouras ou de florestas na sua propriedade que vão tirar área de pasto, mas diversificar a produção e somar rendas.

No caso das árvores, a dificuldade é ainda maior porque o produtor não sabe onde plantar, qual o sentido para não fazer sombra no capim ou nos grãos, como plantar e como manejar a cultura. Caberá aos extensionistas da Cati difundir essas informações.

O veterinário Braz Costa Oliveira, da Cati Sementes e Mudas, é um dos extensionistas rurais capacitados pela parceria com a Rede ILPF. Segundo ele, o Estado já foi dividido em 6 regiões para expansão das metodologias e há uma preocupação em tornar a ILPF um programa permanente com o aval dos deputados.

“Usamos 12,5% dos recursos da Secretaria de Agricultura no trabalho de ILPF, mas dá para aumentar a verba se o projeto que está na Casa Civil do governo paulista for aprovado na Assembleia Legislativa.”

Oliveira garante que não falta crédito ao produtor que desejar investir em algum sistema de integração. Além de programas federais, como o Pronaf, o Fundo de Expansão do Agro Paulista (Feap) oferece recursos para projetos agropecuários com até 12 anos para pagar e juros de 3% ao ano.

Quem também está apoiando a implantação de sistemas de integração no interior paulista é a Cocamar, Cooperativa Agroindustrial com sede em Maringá (PR) que tem uma unidade em Presidente Prudente há 10 anos.